4 meses para campanha -

Novatos e alianças movimentam as chapas para Senado

A pouco mais de quatro meses do início da campanha eleitoral, os principais partidos políticos intensificaram as articulações para a escolha dos candidatos que disputarão uma vaga no Senado neste ano. Dois fatores têm influenciado diretamente no xadrez dos partidos: como o mandato de senador é de oito anos, apenas uma cadeira por Estado estará em jogo desta vez, o que prenuncia embates mais acirrados; além disso, as siglas avaliam que a presença de Eduardo Campos (PSB) na disputa à Presidência da República deverá tornar o cenário menos polarizado entre PT e PSDB e mais imprevisível.

Com menos cadeiras, o que assegura mais exposição ao senador do que a um deputado, por exemplo, e composto majoritariamente por políticos com mais cacife em seus Estados, o Senado é uma Casa mais difícil de ser enquadrada pelo Palácio do Planalto do que a Câmara. Em 2007, por exemplo, foi a Casa que mais criou problemas para o ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva – simbolizados na histórica derrota do governo para prorrogar a CPMF. O revés, inclusive, fez o PT tratar a eleição dos seus senadores como prioridade em 2010 – deu certo: a sigla tem hoje 13 senadores, ante os nove da legislatura anterior. No governo Dilma Rousseff, o relacionamento com o governo foi menos turbulento. Mas em 2014, com a perspectiva de crescimento do PSB, a divisão de forças na Casa pode se tornar mais pulverizada – e, portanto, mais hostil.

Preocupado em construir palanques fortes nos Estados e, ao mesmo tempo, ciente de que lhe faltam nomes de peso em muitas regiões, o PSB, de Campos, é o partido que mais aposta em candidaturas distantes da política tradicional. No Rio de Janeiro, o deputado Romário (PSB) deve ser a grande novidade da disputa. O ex-jogador da seleção brasileira admite que cederia a vaga se um nome decidisse entrar na corrida: Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar do sonho dos socialistas, Barbosa tem dito que não vai disputar as eleições de 2014. Mas, como magistrado, tem até o começo de abril para mudar de ideia, deixar o cargo e se filiar a algum partido.

Na Bahia, a ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Eliana Calmon é quem tentará a vaga pelo PSB com a bandeira do combate à corrupção. Já em outros Estados, o PSB terá de negociar com a Rede, de Marina Silva, o lançamento de candidaturas ao Senado.

Fonte: Com informações da Veja

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