Boa chance! -

Vagas na Polícia Rodoviária Federal são para as funções administrativas

O novo concurso da Polícia Rodoviária Federal, bastante aguardado pelos concurseiros, traz como novidade seu foco: a seleção será para agentes administrativos, profissionais que não vão para as ruas. Os aprovados atuarão internamente, dando suporte às operações de campo, realizadas pelos agentes rodoviários. É preciso ter formação em nível médio completo. Aos novos contratados caberão as funções de logística, análise de processos, observação de normas e comunicações administrativas, entre outras do gênero, explica José Almeida Sobrinho, autor do livro “Código de Trânsito Brasileiro” (Ed.Forense).

— É um nicho diferente dentro na instituição, pois proporciona trabalho administrativo dentro de uma instituição operacional. O agente administrativo tem uma “função meio”, ou seja, de tornar efetivas as ações dos agentes rodoviários e da instituição em geral. Podemos dizer que eles são o suporte dos agentes rodoviários, que ficam sujeitos ao trabalho externo, em locais de desconforto e perigo. Embora a remuneração seja um pouco menor, o concurso se torna atrativo justamento pelas condições de trabalho mais confortáveis — afirma Sobrinho, também professor de cursos de extensão universitária sobre legislação de trânsito, da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, e de cursos de capacitação profissional em trânsito, do Denatran.

A remuneração é composta por um salário nominal de R$ 2.043,17 somado a uma remuneração variável que parte de R$ 1.521,60, podendo chegar a R$ 1.902, dependendo da avaliação de desempenho do servidor. A banca organizadora é a Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab), e a prova está prevista para o dia 25 de maio, ou seja, o prazo de preparação é bastante curto:

— É muito pouco tempo entre o edital e a prova, e isso atrapalha um pouco os concurseiros de última hora. Aqueles que não iniciaram os estudos têm menos de 45 dias para estudar — ressalta o diretor pedagógico da Academia do Concurso, Paulo Estrella.
O volume de conteúdo é considerável e está dividido em nove disciplinas de pesos distintos, com destaque para língua portuguesa, que valerá 24 pontos, lembra Fernando Bentes, diretor do site Questões de Concursos. Já as questões de ética e conduta pública e raciocínio lógico valerão 12 pontos, e as disciplinas de conhecimentos específicos, nove pontos cada uma.

— Sendo assim, à exceção de língua portuguesa que tem um peso maior, as demais matérias têm uma pontuação semelhante, obrigando o candidato a estudar todas elas com a mesma dedicação. No entanto, cabe uma ressalva: as disciplinas de conhecimentos específicos têm um conteúdo muito grande a ser estudado. Logo, não se pode perder tempo — aconselha Bentes.

Estrella endossa o colega, afirmando que o conhecimento terá que ser distribuído de forma a garantir uma amplitude uniforme em cada uma das disciplinas:

— Não há preferências e nem em quais focar mais. O estudo deve estar distribuído por igual por todas as disciplinas. Isso bate com a característica da banca, que é objetiva, literal e com respostas diretas. Bem diferente do Cespe/UnB, que organizou o último concurso.

O diretor da Academia do Concurso, no entanto, acredita que quem se preparou olhando para o Cespe está em vantagem, já que ganhou mais conteúdo, com mais profundidade do que o necessário. Quando às provas da Funcab, é possível que o candidato tenha dificuldade de obter questões de algumas disciplinas, já que é a primeira vez que a banca prepara provas para a Polícia Rodoviária Federal. Sendo assim, como o nível de dificuldade deverá ser o mesmo, nessas disciplinas o candidato pode se exercitar a partir de questões da Fundação Carlos Chagas, Consulplan, CEUERJ, Ceperj e Funrio, entre outras.

Rodrigo Menezes, diretor do site Concurso Virtual, por sua vez, ressalta que a Funcab é uma banca cujas provas são relativamente fáceis, o que ajuda o candidato a errar o mínimo possível. Segundo ele, o ideal é que o estudo seja alternado entre a teoria e questões de provas anteriores da banca, e de outras similares, como a Fundação Carlos Chagas, que tem provas bastante parecidas.

José Almeida Sobrinho, por sua vez, acredita que, pela experiência da banca, habituada a concursos públicos em várias esferas, não deverão ser incluídas as famosas “pegadinhas”:

— Isso não seleciona os melhores, apenas confunde os candidatos. Existem questões que têm respostas com diferenças sutis. Isso sim pode ocorrer, pois a distinção da sutileza não raro demonstra o conhecimento mais aprofundado de cada candidato.

Com relação ao concurso de 2012 realizado pela Polícia Rodoviária Federal, ocorreram algumas mudanças com relação ao conteúdo programático, aponta Estrella. As disciplinas de estatística e matemática deixaram de ser cobradas para alegria da maioria dos candidatos. No entanto, algumas novas disciplinas foram incluídas, seguindo a mesma lógica do edital do agente administrativo da Polícia Federal. São elas: arquivologia, raciocínio lógico e matemático e administração, esta última contendo conteúdos de gestão de pessoas e administração pública.

— Este concurso é uma excelente pedida para quem estudou pelo de 2012, organizado pelo Cespe e, principalmente, para os que se prepararam para a seleção de agente administrativo da Polícia Federal realizada este ano. Esses têm grande parte do caminho andado e, com isso, chances de aprovação.

Fonte: Com informações do O Globo

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