Concurseiros procuram o PI -

Concursos para altos salários são disputados no judiciário

Meses de estudos, investimentos em cursinhos preparatórios, tudo isto não está sendo suficiente para garantir a tão sonhada vaga no serviço público. Embora seja pequena a quantidade de candidatos que vão à Justiça questionar resultados das provas, a judicialização dos concursos tem sido o refúgio dos inconformados com a correção das provas e a principal causa para que candidatos de concursos realizados dez anos atrás continuam interferindo em certames realizados recentemente.
O Tribunal de Justiça do Piauí tem recebido demandas de concurseiros dos mais variados cargos e salários, das prefeituras municipais e do governo do Estado.
As disputas mais polêmicas envolvem os altos salários que variam de R$ 12 mil a R$ 20 mil reais. Candidatos foram reprovados nas fases para Delegado, Defensor Público e Juiz Substituto, por exemplo, continuaram a disputa na via judicial e conseguiram interferir nas nomeações.
O concurso da Defensoria Pública e o concurso para juiz substituto do TJ-PI foram organizados pela CESPE/UNB, uma das mais importantes organizadoras dos concursos.
O concurso da Defensoria Pública realizado em 2009 ainda enfrenta ações de candidatos reprovados e de aprovados no outro concurso realizado ano de 2003. A nomeação dos candidatos aprovados em 2009 chegou a ser suspensa pela Justiça, mas os 12 nomeados já foram lotados no interior do Estado. Os aprovados de 2003 também aguardam suas nomeações. As vagas já estão garantidas pelo governo do Estado.
Mas, o concurso ainda tem ações tramitando na Justiça. Uma dessas ações (MS 2010.0001.003037-0) é acompanhada pelo advogado Marcos Vinícius Furtado Coelho, agora presidente nacional da OAB, que defende o candidato Ricardo Moura Marinho. O julgamento do mandado de segurança para que seja atribuído pontos ao candidato foi adiado. Deveria ter sido julgado pelo Tribunal de Justiça no último dia 07 de fevereiro.
Já no concurso de juiz substituto, iniciado em 2011, cinco candidatos conseguiram decisão do próprio Tribunal de Justiça para continuarem participando das fases, após serem reprovados na prova escrita. Os candidatos conseguiram comprovar que, na prova de outro concurso para juiz (da Paraíba) a CESPE/UNB adotou critério diferente para analisar uma questão semelhante na prova realizada no Piauí. O caso foi parar no Superior Tribunal de Justiça, que impediu a eliminação dos candidatos.
No último concurso de delegado da Secretaria de Segurança do Piauí, 20 candidatos entraram na Justiça e conseguiram o direito de serem nomeados. No final de janeiro, o
Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Piauí foi obrigada a divulgar uma nova lista com os nomes dos candidatos aprovados ‘sub judice’.

Fonte: None

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