Destaca conflitos no Oriente -

Acadêmico de Direito da UESPI relata 'Uso desproporcional da força'

USO DESPROPORCIONAL DA FORÇA: O BRASIL DESCEU DO MURO

O conflito entre Israel e Palestina está em destaque em todos os jornais internacionais, visto que as hostilidades de ambas as partes estão em níveis preocupantes há pouco mais de duas semanas.

É certo que a guerra entre o Hamas (grupo extremista palestino) e o exército de Israel era bastante previsível; depois de muito dialogo, mediadores externos e tantas outras tentativas a ONU conseguiu a latência do problema, mas a opinião unânime entre os analistas globais era que qualquer ‘ruído’ poderia despertar esse embate secular.

Com todos os países do mundo se pronunciando a respeito dos fatos no Oriente, o Brasil se destacou por ter tomado, talvez, a atitude mais enérgica em represália aos ataques de Israel já que a desproporcionalidade de vítimas nos dois lados é bastante evidente: cerca de 700 palestinos mortos (sendo que grande parte desse número são de mulheres e crianças) contra 30 soldados israelenses.

O Brasil tomou a medida diplomática de convocar o embaixador brasileiro em Tel Aviv o que é considerado em âmbito global uma ação excepcional e realizada quando o governo de uma nação quer demonstrar o descontentamento e considera a situação em outro país de acentuada preocupação.

Em resposta o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, respondeu à atitude do Itamaraty com bastante dureza e ironia, o que não é comum em termos de relações globais. O representante declarou que o Brasil é um ‘anão diplomático’ e que não existe desproporcionalidade no conflito, ainda provocou afirmando que desproporcional é perder uma partida de futebol por 7 x 1.

Depois de ter ficado ‘calado’ em todos os episódios recentes da geopolítica internacional, o Brasil surpreende com tal medida; é fato que Israel foi bastante infeliz em sua declaração, o Brasil vem despontando como um importante mediador em conflitos mundiais e é um dos principais candidatos a ocupar uma posição permanente no conselho de segurança da ONU.

Talvez desde os tempos de Getúlio Vargas a opinião brasileira em relação a um conflito não tenha gerado tanta repercussão sendo possível a presidenta Dilma afirmar: “Nunca antes na história desse país houve uma tomada de posição tão escancarada”.

Erick DanielAcadêmico de direito da Uespi

Fonte: None

Instagram

Comentários

Trabalhe Conosco