Theatro 4 de Setembro -

Atriz global Eva Wilma completa 60 anos de carreira com peça em THE

Teresina vai receber nos dia 25, 26 e 27 de julho, às 20 horas, no palco do Theatro 4 de Setembro, um dos maiores ícones da teledramaturgia brasileira e do teatro nacional, Eva Wilma, a nossa querida Vivinha, que brindará a cidade com o Espetáculo “Azul Resplendor – A Comédia do Theatro”.

Com uma mega produção para comemorar os 60 anos de carreira e 80 anos, bem vividos, de Vivinha, “Azul Resplendor”, de Eduardo Adrianzén, tem uma realização de Renato Borghi Produções Artísticas e marca a energia, talento e força continuada, em prestação de serviço aos palcos e cena viva, de uma das damas da dramaturgia brasileira.

A montagem reúne no elenco Eva Wilma, Renato Borghi, Guilherme Weber, Luciana Borghi, Débora Veneziani e Felipe Guerra. A Direção é de Renato Borghi e Elcio Nogueira Seixas.

A Peça
Comédia que promove, através de uma rara combinação entre humor ácido e delicadeza, o encontro marcado que cada um tem consigo mesmo.

Blanca Estela (Eva Wilma) é uma grande dama do teatro afastada de seu ofício há mais de 30 anos. Inesperadamente, ela recebe a visita de seu mais devotado fã – Tito Tápia (Renato Borghi), um ator sem nenhuma expressão que passou a maior parte de sua vida cuidando da mãe doente e fazendo “pontas” no teatro e na televisão.

De posse da herança e com uma peça de sua autoria escrita em memória da mãe falecida, Tito decide procurar Blanca Estela para confessar seu antigo amor e lhe fazer uma proposta para que ela retorne aos palcos como protagonista de sua obra.

Apesar de ter sido um dos maiores nomes do teatro, Blanca Estela alimenta um amargo desprezo pelo mundo do teatro, o que motivou sua aposentadoria precoce. Mas, por razões que só ficarão claras ao final da peça, a grande diva decide aceitar a proposta de Tito, desde que a peça seja dirigida por um nome de peso.

Tito decide chamar o maior diretor teatral da atualidade: Antônio Balaguer (Guilherme Weber). Considerado um gênio e cercado por uma equipe que o idolatra, o badalado encenador promete surpreender o público montando “o espetáculo da década”.

Os antecedentes à montagem brasileira
Renato Borghi e Elcio Nogueira Seixas conheceram Eduardo Adrianzén, autor de destaque da dramaturgia contemporânea do Peru, enquanto realizavam o Projeto Embaixada do Teatro Brasileiro (2008/2009) em países Ibero-americanos para promover o teatro brasileiro e incentivar o intercâmbio entre as dramaturgias produzidas em espanhol e português. O texto original de Azul Resplendor, apresentado por Adrianzén aos diretores brasileiros Borghi e Nogueira, causou o mesmo arrebatamento na atriz Eva Wilma. Estava decidido que seria montado no Brasil.

A estreia aconteceu em 18 de julho de 2013, no Teatro Renaissance, marca os 60 anos de carreira e 80 de vida da atriz Eva Wilma e reuniu, num mesmo palco, várias gerações de atores: Renato Borghi, Guilherme Weber, Luciana Borghi, Débora Veneziani e Felipe Guerra.

A montagem conta ainda com Renato Borghi e Elcio Nogueira Seixas, dividindo a direção, pela primeira vez, nos mais de 20 anos de parceria no teatro. A homenagem mais perfeita, para uma atriz da envergadura de Eva Wilma, se dá na montagem de uma peça que celebra com inteligência e muito prazer o próprio fazer teatral.

O perfil da Peça
Azul Resplendor, escrita por Adrianzén em 2005, é um retrato do ofício do ator. Mas um retrato sem retoques. Apesar de situada na atualidade, a peça revela os bastidores de todos os teatros em todos os tempos. O texto expõe com clareza e ironia os jogos de poder, os afetos, as ambições, as inspirações, as vaidades, as ilusões, as carências, as invenções, as manias e as frustrações dos atores quando se juntam para ensaiar uma peça.

Para desvelar os bastidores dos palcos, o dramaturgo se valeu de uma galeria de personagens bem conhecidos no mundo do Teatro: a célebre atriz dramática aposentada precocemente, o eterno coadjuvante recalcado, o diretor arrogante e prepotente, a assistente de direção sem identidade e jovens atores em busca de fama e poder a qualquer preço.

“Adrianzén transmite com graça e extrema agudeza os conflitos que se desenrolam no competitivo universo dos atores. Em uma época de culto às celebridades, Azul Resplendor trata de maneira crítica e bem humorada o ávido interesse que o público tem dedicado à vida privada dos artistas”, diz Borghi.

A peça também irá revelar ao público e aos artistas brasileiros mais um exemplo da excelente dramaturgia produzida por nossos vizinhos latino-americanos. O espetáculo foi um grande sucesso no Peru e seu autor, Eduardo Adrianzén, é um dos dramaturgos contemporâneos de maior destaque no mundo hispânico. Além de teatro, é também autor de telenovelas, o que lhe oferece um panorama completo da vida dos atores profissionais.

A encenação é totalmente focada no trabalho dos atores e sua interação com a luz. O texto de Eduardo Adrianzén sugere que a cena nua é sustentada apenas pela iluminação e objetos essenciais à ação.

A Atriz homenageada e protagonista da Peça
Eva Wilma é nome que encantou gerações de telespectadores desde que a tevê ganhou marca de maior exportadora de novelas nacionais. A carreira artística é iniciada aos 14 anos, como bailarina de clássico, e avançar para teatro e cinema não demorou muito.

Com a teledramaturgia, teatro e cinema, Eva Wilma evoluiu em afinação de profissão e, na telinha mágica, iniciou carreira em 1953. Nos anos 50 e 60 formou parceria de principal casal da televisão com John Herbert, seu primeiro marido, com quem teve dois filhos, Vivien Riefle Buckup e John Herbert Riefle Buckup.

O seriado “Alô Doçura”, de Cassiano Gabus Mendes, ficou no ar por dez anos, com Vivinha e John Herbert, e conseguiu entrar para o Guiness Book como o mais longo seriado do país. Eva Wilma também ganhou o Troféu Imprensa 1964, como Destaque do ano.

Na década de 1970, a televisão brasileira ganhou um dos pares românticos mais festejados em novelas de grande sucesso, o parceiro de Vivinha era Carlos Zara. A atriz brindou o público com personagens marcantes, em novelas como “Meu Pé de Laranja Lima” e “Nossa Filha Gabriela”, de Ivani Ribeiro. Depois vieram também da mesma autora “Mulheres de Areia”, “A Barba Azul” e “A Viagem”, exibidas na extinta TV Tupi de São Paulo.

Com a extinção da TV Tupi, em 1980, Eva Wilma migrou naturalmente à Rede Globo e mais de quinze novelas ganharam seu desempenho em papéis cômicos e dramáticos. Foi bem humorada em “Plumas e Paetês” e “Elas por Elas”, “Transas e Caretas”, “De Quina pra Lua”, “Sassaricando”, entre outras. E personagens dramáticas marcaram em “Ciranda de Pedra” e “Pátria Minha”. Em “A Indomada” foi a vilã cômica Maria Altiva. Nas séries, viveu grandes mulheres em “Mulher”, “Os Maias”, “O Quinto dos Infernos”, “Um Só Coração”, “JK”, “Norma” e “Na Forma da Lei”.

Dividiu profissão e vida, em segundo casamento, com Carlos Zara, companheiro, marido e amor das horas e das cenas, até que a morte os separou.

Dos teledramas, ainda na imagem em preto e branco, da década de 1970, ao salto das tecnologias, Vivinha também cumpriu fibra do jequitibá e ganhou as telinhas e telonas com o tempo da novela em cores e do cinema telescope, respectivamente.

Eva Wilma Riefle nasceu em São Paulo a 14 de dezembro de 1933, é descendente de alemães, ucranianos judeus e argentinos. Seu pai, Otto Riefle Jr., metalúrgico alemão da região da Floresta Negra, em Pforzheim, perto de Stuttgart, no sul da Alemanha. Sua mãe, Luísa Carp, era natural de Buenos Aires, filha de judeus ucranianos, da cidade de Kiev, que migraram para a Argentina.

Fonte: com informações da ASCOM

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